Geografia


  A maior parte da Itália está localizada na Península Itálica, no continente europeu, e onde dois enclaves independentes estão localizados: a República de San Marinoe o Vaticano. As ilhas de Sicília, Sardenha e Elba também fazem parte da Itália.
  

  A Itália limita-se ao norte com Suíça e com Áustria, a leste com a Eslovênia, com o Mar Adriático (através do qual contacta também com a Croácia, Montenegro,Albânia), e com o Mar Jônico, que a separa da Grécia. A Itália limita-se a sul com o Mar Mediterrâneo (incluindo o Canal de Malta que separa a Sicília de Malta), a sudoeste com o Mar Tirreno e a oeste com o Mar da Ligúria (ambos separando o território peninsular das ilhas da Sicília e Sardenha e da ilha francesa da Córsega). Finalmente, a Itália limita-se ao noroeste com a França.

  O terreno italiano é bastante acidentado, com os Apeninos formando o esqueleto central da península. Os Alpes percorrendo as fronteiras continentais do norte do país, onde localiza-se seu ponto mais alto que é o Monte Branco, na fronteira noroeste, dividido com a França, com seus 4.808 metros. Mas dois vulcões estão mais associados com o país: o Monte Etna, na Sicília, e o Monte Vesúvio, perto de Nápoles.

  Na cultura popular é comum associar o formato político-geográfico da Itália a uma bota (em italiano "stivale").





                                 Clima



   O clima da Itália varia de região para região. O norte da Itália (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico, com verões tipicamente secos e ensolarados. O clima das áreas litorâneas da península é muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais elevadas são frias, úmidas e freqüentemente recebem a precipitação de neve. As regiões litorâneas têm um clima mediterrâneo típico com invernos amenos e verões quentes, geralmente secos. Há diferenças notáveis nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2 °C, enquanto em Nápoles as temperaturas estão em +12 °C. Certas manhãs, Turim pode amanhecer com -12 °C, quando ao mesmo tempo Roma se encontra com +6 °C e Reggio Calabria +10 °C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão úmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria.

   Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ouEnna (na Sicília) têm invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras localidades costeiras das mesmas regiões. Nos Apeninos neva regularmente durante o inverno.  Geralmente o mês mais quente é agosto no sul, e julho no norte. Nesses meses os termômetros podem marcar 42 °C no sul e 33 °C no norte. O mês mais frio é janeiro, com médias no Vale do Rio Pó de 0 °C, Florença 5 °C, Roma 8 °C. Mas as mínimas podem chegar a -14 °C no Vale do Rio Pó, -5 °C em Florença, -4 °C em Roma, -2° em Nápoles e em Palermo +1 °C.






Demografia


  Em Janeiro de 2009, a população italiana passou de 60 milhões, a quarta maior da União Europeia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 199,3 habitantes por km², o quinto maior da União Europeia, sendo o norte a parte mais densa; um terço do país contém quase a metade da população.

  Depois da II Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento econômico que levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A alta fertilidade persistiu até a  , e depois passou para abaixo da taxa de reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é aposentado. Apesar disso, graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos anos 2000 a Itália viu um acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos.



Migração e Etnicidade


  Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo, dentre vários, os povos latinos (a Oeste), os sabinos (no vale superior do Tibre), os úmbrios (no centro), os samnitas (no Sul), oscanos, entre outros, com os etruscos que se estabeleceram no centro do país, os gregos no Sul e os celtas no Norte. Posteriormente, estabeleceram-se no Norte po
vos germânicos(ostrogodosvisigodoslombardos ) e, no Sul, os sarracenos (de origem árabe) e os normandos (de origem escandinava). Esses últimos deixaram uma menor influência na etnia italiana.

  Depois da unificação italiana, o feudalismo que controlava por séculos as terras do país ruiu, e muitos italianos passaram por severas situações de pobreza. O norte foi o primeiro afetado, e grandes levas de imigrantes saíram do país principalmente em direção ao Brasil e à Argentina, a partir da década de 1870. Anos depois, a região sul também sentiu os efeitos da mudança política na agricultura, e a imigração dobrou de número em 1900 e o destino principal agora era os Estados Unidos. O pico foi em 1913, quando 872.598 pessoas deixaram a Itália. O fenômeno só diminuiu devido à eclosão da I Guerra Mundial, quando a Itália precisou da população para reconstruir o país e a instalação do regime fascista, que restringiu a imigração na década de 1920.



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                                Imigrantes Italianos, em São Paulo, Brasil. 1890






  Depois da II Guerra Mundial, o país que era uma das maiores fontes de imigrantes do mundo, passou a receber imigrantes vindos do mundo todo, intensificado principalmente depois da década de 1970. No fim de 2006, estrangeiros compreendiam 5% da população ou quase 3 milhões de pessoas, um aumento de 270.000 desde o ano antecedente. Em algumas cidades italianas, como Bréscia, Milão e Pádua, o total de imigrantes é maior que 10% da população.

  A mais recente onda de migração tem vindo principalmente das nações europeias (47,75%), particularmente da Europa oriental, substituindo o Norte da África (17,43%) como a maior fonte de imigrantes. Por volta de 500.000 romenos estão oficialmente registrados como habitantes da Itália, mas estimativas não-oficiais afirmam que o número atual pode ser duas vezes maior, ou ainda mais. Em 2006, os outros imigrantes vinham da Ásia (17,43%) e América Latina (8,90%). Pequenos grupos vinham da África subsaariana e América 
do Norte .

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